Voa Voa

... que o tio agora namora Lisboa.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Tenho o coração aos pulos (by Inessa)

Tenho o coração aos pulos
sem medos nem casulos
com o luar desejo ver teus olhos a brilhar
quero-me entregar e tua boca beijar
sentir o teu coração bater rápido
e a tua respiração me afoguear

Ó adónis, atenas está a arder (by Inessa)

Ó adónis, atenas está a arder
e o povo gosta e necessita de comer
Tareco, vamos brincar com o boneco?
Piruças, bora lá calçar as pantufas
Boa noite, a lua está a encher
e eu desejo viver

Estou a ficar fechada numa arca (by Inessa)

Estou a ficar fechada numa arca
onde só tu tens a chave
vens na tua barca
de sonhos e fantasias
leva-me para a tua cave
despe-me e dá-nos alegrias
Fico presa nos teus braços
minhas amarras seguras
não me deixam dar os outros passos
para continuar as diabruras
Neste chateau encantado
aonde eu vivo aniquilada
vive um príncipe trancado
que me traz bem guardada

terça-feira, janeiro 08, 2008

Frase do dia

-Leva! (andrezini)
-Traz! (ritícola)

domingo, janeiro 06, 2008

Frase do dia

a tua abre-se como um presente de natal...é sempre a rasgar!

andrezini

Frase do dia

aí dou um peido com qualquer coisa

anónimo

Oi Inessa,

Oi Inessa,
ainda não cheguei ao total mas acho que és uma mulher com muito potencial
és um carinho de alta cilindrada, és uma fixe, uma anormal muito legal
e ainda bem que fizeste desta casa o teu hospital,
pois não consigo imaginar-te lá fora no meio do mal
o que mais quero é que saias daqui com um ar jovial e triunfal
Sabes que és pouco especial...prontos...e tal...

A menina da Carvalha

A menina da Carvalha
passà gan*ga e a toalha
Tem o projecto em marcha
quer é co*nhés de bolacha
Pega ajeita tudo bem
coa pasti*nha da ferrugem
São tantas as cores e pilhas
mete tri*stezas a milhas
Na cozinha é artista
é da ca*tequese mista
Sonha em dançar cá o tango
toma dro*ps de morango
É querida de nós todos
a hero*ína dos bons modos

*tiruliruli

Dá-me forças Platão

Dá-me forças Platão
para aguentar esta aflição
de não ter a minha dama
estando ela sempre à mama
Que fazer? meter a minha amada num balão
dizer-lhe adeus, até mais ver?
levar ao forno o coração
e esperar o tempo dele crescer?

Dorme menininha um sono longo

Dorme menininha um sono longo
acorda de repente noutro mundo
o teu elefante ganha vida
leva-te pra casa num segundo
Pára a escuridão com a tua mão
abre o portão entre o arbusto
vê que linda é a tela cinza
que a luz que vier será um susto
Coração de lã fica no quente
ao vento o teu véu põe-se a cantar
chovem flores clarinhas até ao ventre
passo de mansinho a nadar
Olhos que vasculham dentro das almas
mãos entrelaçadas rente ao céu
ao relento as línguas batem palmas
o teu velho amor será o meu

sexta-feira, janeiro 04, 2008

Primeiro flori pa ti

Primeiro flori pa ti
depois pós outros fingi
e hoje de ti fugi
serei um golfinho de competição até ao fim?
não sei, nunca assim te vivi
a cultivar o não e a armazenar o sim
Vejo pontos de interrogação a esvoaçar
mas aceleradinho deixo-os pousar
ao fim do dia a tinta já está tão aguada
que salta a pintura e desaba a fachada
Tou farto de apanhar as tuas beatas
de tocar-te notas soltas e mudas
queria tanto sair das nossas zaragatas
e encher de caramelos as tigelinhas manteigudas
Diz o povo que és um fantoche dum doutor
que és ilusão, uma folha à espera do outono
mas eu tenho um nome pra ti que me dás cabo do sono
e obedeço-te...amor.

Sinto-me bem

Sinto-me bem
sei o que o meu coração quer
faço o que o meu cérebro diz
pró menino e prá menina não há talher
apenas a receita de ser bom aprendiz
Sento-me mal
a minha espinha dorsal está bamba
tenho um pico a espetar no cadeirão
eu esteja quieto e a dor não descamba
fico é sem mãos para coçar esta puta comichão!

Gosto de ti

Gosto de ti
confio em ti
temo por ti
crio para ti
Lembro-me de ti
perco-me em ti
governo-me por ti
e marimbar-me para ti
ainda não consegui
Tudo faço pra ser daqui
mas dou por mim a andar dali pràli
atrás da minha gata fifi
Ontem sei que me ri
hoje nem um sorriso pari
amanhã para a esperança morri
ó cabeça de mim, sem um fim buli
e assim, sem repartir e sem curtir me decaí
Foi para isto que nasci?
para ser um elefante trombudo e raras vezes um colibri?
com pontos e pespontos sempre me cosi
talvez só precise de ti, de dimanche a samedi
por isso volto a carregar de piri-piri
o cozidinho que me tiraram e não comi
o apetite vai crescendo por aí
e sem dar conta já me enchi e desentupi

Conheci nesta escola uma tola de camisola

Conheci nesta escola uma tola de camisola
com risquinhas às ondinhas nas maminhas
tem uma pinta de chita, é catita e despachadita
e que bela que é ela, uma vela na noite, uma cinderela
Gosto tanto de ti que agora até tremi
estão a pedir o teu abraço, o teu amaço, a minha cabeça no teu regaço
quem? as minhocas que não morrem num coração que se deixa comer tão bem
Não me deito sem da tua boca ver um jeito que me aqueça o peito
não adormeço sem de ti ouvir um verso que me aconchegue o berço
porquê Inessa? um amorzão que prendeu tão depressa e que agora nem quero libertar-me dessa?
porque és tu Lulu, bébézinho dada gugu!

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Amo-te, amo-te, amo-te

Amo-te, amo-te, amo-te
tenho o coração sempre a dar horas
como não podes aparecer recordo-te
tenrinha e inocente quando coras
Sinto-me a correr sem sair do mesmo sítio
com a ponta dos dedos a roçar a tua trança
mas hei-de resistir a tamanho vício
pois quem corre por gosto não cansa
Os meus sonhos a ti pertencem
os meus pezinhos buscam os teus
debaixo da mesa pra que não pensem
que ainda há Julietas e Romeus
Do teu sorriso é o que mais preciso
pra dar de brincar ao meu coração
e ver o teu cabelo dourado e liso
penteado por um furacão!

Não te queria abrir o apetite mas...

Não te queria abrir o apetite mas...
Apanhava-te na minha horta pequena e singela
feita com as toupeiras a ratar-me a couve-coração
não hesitava em atordoar-te com o bordão
desmembrava-te com jeitinho e guardava o sangue pá cabidela
Fazia um picadinho de alho, coentros e cebola
passava a noite a marinar com as perninhas
uma comia inteira no espeto com ervinhas
a outra aos bocados dentro duma bola
Dos bracinhos fazia umas belas bifanas
umas iam a grelhar com sumo de limão
as outras fritava-as panadas com bananas
e o que sobrasse enchia o empadão
Da mioleira fazia um prato requintado
metade crua com caviar, míscaros e aroma de baunilha
a outra estufadinha com caracoletas do prado
ou então esmigalhada com pinhões numa tortilha
As ovas punha-as a curtir em molho de leite e vinagrete
a esquerda cozia-a a vapor coberta de tomatada até cheirar a queimado
a direita moía co pilão e dava-lhe um banho-maria do cacete
o importante era levar pau de canela pra saber a pecado
Aos olhinhos juntava cenoura às rodelas num camuflado de couves de bruxelas
um entremeava de presunto e alface e petiscava o canapé
o demais podia triturar o fazer o recheio prás beringelas
que alouravam no forno polvilhadas de queijo chulé
Ao narizinho chamava-lhe um figo madurinho
As orelhas barrava-as com cera de abelhas
Os lábios eram demolhados durante 2 dias
juntamente com grão-de-bico do bem rijo
marchavam cum linguado num vê-se-te-avias
e pró toque agridoce venha a marmelada e as natas a esguicho
O coração derretia em manteiga e sumo de maracujá
misturava farinha branca-de-neve e muitos ovos e mel
depois era só enrolar com muito carinho e já está
a torta que é a coisa mais doce e fofinha do meu farnel!

Olhá bonita de carrapito ao alto

Olhá bonita de carrapito ao alto
leva a tristeza no saco e vende alegria ao desbarato
chega a canalha e a menina perde a mascarilha
seu sangue de carnaval sai à rua e fervilha
Leva um ralhete e logo se desfaz num aparato
toda ela pura criança apanhada no meio do palco
infância que se esconde imaculada num branco intangível
encontra-se todos os dias no seu gracejar incontornável
quero vê-la assim doente até sempre
e eu com a cicatriz da sua alegria tão saudável

Gramo-te à brava gajada minha (Bondage Sessions)

Gramo-te à brava gajada minha
por ti vazo todo o meu leite
é chuchares bem na palhinha
e tá a andar de skate
A tua bunda é uma estufa funda
um abismo à espera dum bruta sismo
de lá sacava tantos botões-de-rosa
e lá pegava-me de estaca oleosa
Quero lavar no teu tanque
speedar no teu escorrega
esfregar uma camisinha gigante
e mergulhar no licor que pousa na adega
Tenho um berbequim de alta voltagem
um pincel alimentado a duracel
a postos de qualquer brincolagem
desde que vás dando cordel
Mas a minha alma fica tesuda é de ouvir a tua ópera
acompanhada pelo gemer estridente desta gaita
pra mim serás sempre cleópatra
e eu o escravo da tua cenaita
A partir a tua papaia
a descascar a minha banana
juntos a fazer um batido na praia
de arrotar pra toda a semana!

Ão ão ão (Bondage Sessions)

Ão ão ão
o piruças volta a atacar
tão-ba-la-dão tão-ba-la-dão
vai o guizo de manhã a chocalhar
Miau miau miau
acorda! ouve o tareco a chamar
tu és o meu carapau
tá na hora de te devorar
Có-córó-cócó
vi um pito a apanhar ar
amasseio como um pão-de-ló
mas não o consegui desenformar
Trim trim trim
meteste a mão toda na campainha
tocaste até que me vim
pra fora da tua toquinha
Vrum vrum vrum
temos o volante bem agarrado
deste amor que arrancou como um pum
mas saboreia-se como um gelado

Tava aqui tava no cimo do monte

Tava aqui tava no cimo do monte
o meu corpo palpado pelo vento
e o meu espírito num lugar distante
pois onde estiveres só tu me dás alento
E repeti o teu nome dentro de mim
até que uma andorinha aterrou de frente
sem perceber como, serenou-me enfim
e num instante o frio virou quente
sim, lá ao longe vejo asas
o verão tem mais uma criatura
ateei a fogueira das eternas brasas
eras tu, os passarinhos traziam-te à pendura
Sentámos os dois enroscadinhos
o sol a pousar no chão
os teus cabelos davam beijinhos
e a tua carinha abraçou-me o coração

Andas tão baralhadinha

Andas tão baralhadinha
até metes compaixão
o meu pão na tua sardinha
mas que grande confusão!
É a fusão do coração
a canção da bandidinha
que são a minha ração
senão a fome que eu já tinha!
Podes tar em sobressalto
mas salta sobre esse buraco
pára só no meu planalto
e repara este meu fraco
Meti a lua num frasquinho
menti ao sol que não te amo
mas o nosso luar é fresquinho
como duas rosas ainda no ramo
Por ti varro um vulcão
marro num boi e mordo um cão
e se isto não te bastar
arranjo ovelhas e vou-as pastar
e quando fores velha e me vires sozinho
dispo a capa e ainda te acarinho

A vida anda tão distraída

A vida anda tão distraída
abrigou-me num chateau de muralhas maciças
feitas à prova de poeiras movediças
mas tirou-me a coisa mais querida
a liberdade de ser estúpido por ti
a maior surpresa que podia ter aqui
O dia passa ao ritmo da tortura
só o teu sorriso me faz sorrir
só a tua companhia me dá a loucura
que me tira a vontade de dormir
O sol nasce na linha amorfa dum deserto
quero beber-te mas és água no interior dum cacto espinhoso
só à noite te abres em flor e me deixas colorido e aberto
e nenhum pico me fará acordar deste sonho maravilhoso

Esse teu sorriso desbragado

Esse teu sorriso desbragado
esse teu olhar esbugalhado
enviam caretas que vivem estampadas
furam nuvens de pesados nadas
e esta perdição deixa-me embalado
entretem-me no suave costurar
de tantas bonecas por namorar
Quando te vi no céu duma noite adormecida
eras a tua aura nua e desguarnecida
fiquei assustado, como um animal ofuscado
sem ter para onde ir
perseguido pelo meu sentir
fiz-me guerreiro e fui atrás
resgatar aquele reino de alegria e paz
e encontrei-te num quartinho brilhante e branquinho
tão perto que mais parecia num sonho estar
tão confiante que já queria do ninho voar
ser um viajante do teu mundo, sem ao resto importar
duas mãos subiram ao coração
e eu pequenino a salvo na teia
meio perdido, meio garrido
desembrulhei-te ó presentão
fomos a comida da primeira ceia!
Tinha que vir um dragão
que vive escondido na munição
armando silvas à nossa volta
mas todos os dias há uma amora
dita ou escrita, dada ou roubada
e o meu amor continuará à solta
e nunca irá embora
Será com fugazes colheitas de saliva
com olhinhos que piscam sozinhos
que vou reconquistando a minha diva
que vou forjando a minha lança
e no fim bem coladinhos
com música, biscoitos e dança!

Bagagem

Bagagem
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de sentimentos que jazem
harmonia-descanso
Aterragem
Bagagem
Viagem

Uma flechada de poemas pelo coração do blog. Afinal quem é este blog? Um monstro? Ou um estronço? De todo o modo, Mr. Blog, eu saúdo-o!
E ainda há muito que recordar!!! E os brinquedos antigos que não se deitam fora...
Para trás fica mais uma época psicadélica:

espigas bem mascadinhas * dentes-de-leão a desintegrar * uma pedra no charco e muitas ondinhas * assobios impossíveis de imitar * assim batem as asas dum espírito abelhudo e para sempre em metamorfose * vem daí e polinizemos umas florescências desta nossa volúvel e insana mente * trocam-se gafanhotos * afagam-se varejeiras * apertam-se os cotos às formigas obreiras * e mais não apalermo...