Voa Voa

... que o tio agora namora Lisboa.

sábado, setembro 02, 2006

Palavrões pra quê ?

Palavrões pra quê?
Passaria os dias a comiserar por ti
mas estaria a ostracizar-me apenas
o armistício é fictício, frágil fogo que não se vê
palafitas em diluvianas vagas que senti
agora arremessam farpas taciturnas às dezenas
Tão infame e vão que é este onírico azedume
dilacera-me o coração com a destreza dum cardume
sublima nuances na aguarela da sacra loucura
na compulsão de achar o mate da minha amorosa senda
sou o majestoso réu do surripiar da razão dura
o primordial deslumbre da impagável toleima já é lenda
Pretiro a perífrase para palavrões articular numa moda bonita
e quase fiquei cativo deste sortilégio parasita