Voa Voa

... que o tio agora namora Lisboa.

terça-feira, maio 27, 2008

Aterrei de cabeça num pote de mel

Aterrei de cabeça num pote de mel
foi um beijo ao de leve
uma descarga da mais doce neve
que se fundiu com a minha pele
Não me bati com a sua prisão
abri os olhos para um humor vítreo
deixei-me dourar por aquele sítio
imergindo a fazer o pino
a rodar como um pião
Há um riso silencioso
um lento e perpétuo movimento
que se prova para sempre neste curso pegajoso
Não quero chegar ao teu fundo nem que me parta
mas não será preciso atar nenhum cordel
apenas ir tragando a riqueza com que me vais cobrindo marta
pois és tu meu puro prazer em gel!